25/5 – Dia Internacional da Tireoide e Semana Internacional de Conscientização da Tireoide
- Laboratório de Análises Clínicas Dr. Marcus Souza Farias

- 25 de mai. de 2022
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Em 2008, a Federação Internacional de Tireoide estabeleceu e lançou essa data comemorativa com o objetivo de promover a conscientização, o entendimento dos problemas da tireóide e dos desafios enfrentados pelos indivíduos, em nível internacional.
Tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão, popularmente, gogó.
Os hormônios produzidos pela tireoide – T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) – agem na função de órgãos vitais como coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional, garantindo o equilíbrio do organismo.
Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).
No hipertiroidismo o corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sentindo-se com muita energia, mas também muito cansada.
Se a produção de hormônio é insuficiente, provoca o hipotireoidismo. O organismo começa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue e, ainda, depressão.
Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer o aumento no volume da tireoide, chamado bócio, que pode ser detectado no exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.
Exames para diagnóstico
Dosagem do TSH: É o principal exame para o diagnóstico do hipotireoidismo e hipertireoidismo. Os valores normais de referência diferem de acordo com a faixa etária e presença ou não de gestação. Recomenda-se a dosagem em pacientes com suspeita ou risco para hipo ou hipertireoidismo além de se recomendar o rastreio a cada cinco anos a partir dos 35 anos.
T4 livre: Assim como o TSH, o T4 livre auxilia no diagnóstico do hiper e hipotireoidismo. Caso haja discordância nos resultados de T4 livre uma investigação pelo especialista é recomendada.
– Dosagem do T3 total e/ou livre: Em conjunto com a interpretação do T4 livre, é um importante exame que ajuda no diagnóstico e seguimento do tratamento do HIPERTIREOIDISMO. Não é adequado para detectar o HIPOTIREOIDISMO.
– Anticorpos Antiperoxidase (Anti TPO), Anticorpos Antitireoglobulina (Anti-Tg), Anticorpos Anti-receptores de TSH (TRAb): Detectam doenças tireoidianas auto-imunes (DTA) como Doença de Graves e Tireoide de Hashimoto. Essas doenças são as causa mais comuns de hipo e hipertireoidismo.
– Ultrassonografia, Punção Aspirativa por Agulha Fina e Biópsia: Auxílio na identificação da natureza do nódulo de tireoidie – benigno ou maligno. A ultrassonografia também é útil também para indicar a necessidade e orientar a punção aspirativa por agulha fina, método padrão ouro para esclarecimento da natureza dos nódulos suspeitos.
– Triagem Neonatal (Teste do Pezinho): Deve ser realizada no recém-nascido entre o 3° e 6° dia de vida. O teste consiste na dosagem do TSH e/ou T4 total (T4T) em amostra de sangue seco em papel de filtro retiradas do calcanhar do bebê. É recomendado um segundo teste confirmatório, que deve ocorrer entre a primeira e segunda semana de vida.
Fontes:

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